Sereia (do grego antigo: Σειρῆνας) é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe (ou pássaro, segundo vários escritores e poetas antigos). É provável que o mito tenha tido origem em relatos da existência de animais com características próximas daquela que, mais tarde foram classificados como sirénios.
Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, tal como as harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem. Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.
Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa ilha isolada. Se assemelham às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e uma beleza única.
Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.
Em 1917, Franz Kafka escreveu o seguinte no conto O silêncio das sereias:
As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.
Uma lenda popular na Grécia, provavelmente de origem medieval, diz que Thessalonike, irmã de Alexandre, o Grande, tornou-se uma sereia após a morte. Ela vive no mar Egeu e quando marinheiros a encontram ela lhes faz uma só pergunta: "O rei Alexandre vive?" (em grego: Ζει ο βασιλιάς Αλέξανδρος;), os marinheiros devem responder "Vive e ainda reina" (em grego: Ζει και βασιλεύει). Qualquer outra resposta a deixará furiosa e a transformará numa górgona, condenando o navio e todos os marinheiros a bordo.
Foi como símbolos de vaidade que elas adquiriram pente e espelho, não vistos na arte clássica. Na heráldica, é comum a representação de "sereias em sua vaidade", segurando esses apetrechos, para simbolizar a eloqüência atribuída ao portador do brasão ou a seus antepassados.
Supunha-se que as sereias, embora tivessem inteligência humana, não tinham alma. Podiam, entretanto, conseguir uma alma se aceitassem ser batizadas ou, segundo algumas versões, se elas se casassem com um humano.
No português, como em outras línguas latinas, os equivalentes masculinos das sereias são chamados de tritões nome de seres da mitologia grega que eram representados como homens-peixes e não estavam relacionados às antigas sirenas. Em inglês, o tritão é chamado merman; em holandês, meerman ou zeemeerman; em alemão,Wassermann; em dinamarquês, havman; e em finlandês, vetehinen.
Fonte: Wikipédia/ Fantaspédia
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